quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Estreia bem sucedida para Eugénio Madureira

Eugénio Madureira e Nuno Oliveira estrearam-se esta época no Troféu Fast Bravo, fazendo também algumas provas no Campeonato de Portugal de Montanha. Para 2010 a aposta centra-se novamente no troféu monomarca da Seat, mas nada melhor do que o piloto para nos referir as ambições para este novo ano que já começou, assim como o balanço de 2009.
Qual o balanço da tua época desportiva de 2009?
Apesar de algumas situações menos conseguidas, o balanço é claramente positivo. No inicio de 2009 não estava nos meus planos, tão pouco nos mais remotos, dedicar-me ao desporto automóvel. Foi por casualidade, em resposta ao concurso “O Ás está aqui” da Fastbravo, que tudo acabou por conciliar. A época começou, por isso, bastante tarde no rali de Murça, já em Setembro. Sendo por isso um ano de estreia, com pouca preparação, a todos os níveis, creio que pode considerar-se, como uma estreia relativamente bem sucedida.
Quanto às provas em particular, Murça foi claramente o pior rali, com todas as nossas fragilidades, decorrentes da nossa inexperiência, a virem ao de cima, com tempos francamente maus, culminando com o motor partido. Em Penafiel, estávamos bastante melhor preparados, sendo que desde cedo começamos a ter problemas eléctricos no carro (logo na especial de sexta-feira ficamos parados na pista de Lousada). O carro nunca esteve a 100%, voltando a parar na última especial. Mesmo assim, decidimos que havíamos de terminar, conseguimos reparar o carro e lá conseguimos sobreviver ao rali, tendo como prémio o 2º lugar do troféu Fastbravo no rali Sentir Penafiel. Gondomar era um rali pelo qual ansiávamos e estávamos de facto muito motivados. Na sexta-feira não começamos bem, comigo a cometer alguns erros desnecessários. No Sábado e com o carro muito bem preparado, o primeiro troço do dia correu-nos bastante bem e mesmo sem ter corrido grandes riscos, conseguimos um tempo que nos permitia antecipar que seria de facto um excelente rali, pois havia claramente ainda margem de progressão. Fomos traídos por um problema na caixa de velocidades que não nos deixou ir mais além. No que respeita à velocidade, foi uma experiencia muito interessante. Na Rampa da Penha estive ao volante de um Fiat Punto, a convite do Israel Pontes, por intermédio do Nuno Batista. Também aqui foi sobretudo aprendizagem, tendo sido notória a melhoria de prestações a cada subida, tendo no entanto, na última falhado uma passagem de caixa que impediu de irmos mais além do 12º lugar. Com tantos pilotos de nomeada presentes, não pode ser considerado mau de todo. Tanto mais que a primeira vez que conduzi o carro, foi em prova.
Qual o melhor e o pior momento da época?
Foram ambos em Gondomar. O melhor foi quando percebemos que tínhamos ritmo para andar nos primeiros lugares e que ao fim de três ralis, estávamos em condições de andar na frente. O pior foi quando a caixa de velocidades cedeu e nos tirou a possibilidade de realmente mostrar que estávamos já a um nível interessante de performance.
Dois aspectos positivos e negativos do Marbella
De positivos o chassis que é bastante equilibrado, tornando o carro bastante honesto, ainda que não seja particularmente fácil de conduzir. Como diz o campeão de 2008 Oscar Coelho, “quando ele se vira a nós, temos que nos virar a ele”. E vira-se a nós frequentemente. A vantagem é que nunca é extraordinariamente depressa. Apenas o suficiente para alguns calafrios. Outro ponto forte é a tracção. O autoblocante é bastante bom, o que permite tirar bastante partido dos (poucos) cavalos do motor. De Negativos, o motor e os travões. Não anda quando é preciso andar depressa e quando é preciso andar devagar, o susto pode ser grande. Mais crítica é de facto a falta de potência do motor. Pode até ser uma forma de melhorar a condução, pois obriga a curvar o melhor possível, para ter velocidade à saída das curvas. Nos ganchos, sobretudo a subir, não há volta a dar e chega a ser tortuoso. A Fiabilidade tem sido apanágio destes carros, mas o final de temporada de 2009, foi prova precisamente do contrário, como demonstram o elevado número de desistências. Estou convencido que as fragilidades estão identificadas e que em 2010 serão corrigidas, e os carros vão atingir novamente óptimos níveis de fiabilidade.
Planos para 2009?
O objectivo é fazer novamente o troféu fastbravo, se não na sua totalidade, em número de provas suficiente para discutir os lugares cimeiros e no limite, a vitória no troféu fastbravo. Claro está, que tal depende do interesse de alguns parceiros em alinhar connosco nesta aventura.
Algum Agradecimento em Especial
Gostava de agradecer ao meu navegador, Nuno Oliveira, (por não ter desistido de pôr o carro a trabalhar em Penafiel). Também à família e amigos que me apoiaram e claro está, aos patrocinadores que tornaram tudo possível.

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